quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Castelo de Areia


Esse texto é especialmente dedicado aos meus amigos que sempre ajudaram a me reerguer quando eu achava que não ia masi conseguir sozinha. A todos os que me ajudaram nos meus eternos recomeços e nos meus gritos de socorro...Muito obrigada. Que o nosso 2008 seja uma continuação de tudo de bom vivido em 2007.
É incrível como com o passar do tempo descobrimos que nossa vida nada mais é do que um castelo da areia. Muitos poetas, escritores e artistas já discorreram sobre esse tema, mas é a primeira vez que eu (seja lá o que possa ser) o faço.
Na nossa vida construímos aos poucos, em pequenos grãos, os nossos planos, projetos, sonhos, resoluções anuais e expectativas de vida, da mesma maneira que construímos na praia os nossos pequenos castelos de areia. Quando você está feliz quase terminando a última torre, sempre acaba se empolagando, coloca areia demais (ou expectativas demais), e o seu castelo vai abaixo quase que inteiro...
Nós poderíamos simplesmente desistir do castelo, picar o pé em tudo e dar um mergulho no mar, não é? Não! O mais correto é respirar fundo, ser persistente e começar de novo, de grão em grão...Até porque, durante o caminho sempre recebemos ajuda para que ele se solidifique e fique firme. a ajuda sempre vem de onde menos se espera: em um abraço, em um carinho, em um colo amigo quando a gente tem vontade de desistir de tudo e chorar até o mundo acabar em água...
Eu percebi isso construindo com pessoas atualmente muito importantes na minha vida, esse castelo de areia da foto...Esse castelo foi batizado de Raul em homenagem a uma criança que ainda não veio ao mundo, mas que já é muito amado até por mim que não o conheço...O Raul é o irmão caçula do Eduardo, um menino lindo de uns 10 anos que vendo o nosso castelo sendo construindo a duras penas, com muitos deslizamentos, desmoronamentos e quase desistências, por mim e pelos meus "amores", se ofereceu como ajudante da nossa intrépdia construção...Ele não apenas nos ajudou, como chamou seu irmão e seu amigo para buscarem água do mar para que nós pudéssemos construir o lago em volta do castelo.
Me surpreendi com o Eduardo em 2 momentos: no momento em que ele nos ofereceu a sua ajuda sem esperar nada em troca, a não ser a expectativa de ver o castelo pronto, e no momento de batizar o castelo, em que ele sugeriu que fosse o nome do seu irmão que ainda não nasceu. Percebi a partir daí que o castelo da areia é a melhor representação da nossa vida...Quando está tudo desmoronando, quando a onda já bateu e arrebentou tudo, quando a gente simplesmente acha que não tem mais como recomeçar, aparecem nas nossas vidas Eduardos, Heloísas, Felipes, Alines...Que nos ajudam a respirar fundo e recomeçar, porque a nossa vida nada mais do que um castelo de areia com eternos recomeços...